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O tratamento terapêutico com cannabis

Tipo de projeto

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Data

Maio 2024

Material

Danielle Aymar é uma médica recifense, prescritora de cannabis, com 31 anos. Desde 2022, seu interesse pela endocanabinologia tornou-se evidente após o diagnóstico de autismo de sua irmã. Após diversas medicações, a cannabis mostrou-se a solução adequada. A partir dessa experiência, Danielle engajou-se em cursos de especialização e acompanha tratamentos terapêuticos.

Durante o tratamento de sua irmã, Danielle notou uma grande melhoria na autonomia da paciente, que passou a ser mais consciente e ativa. "Hoje em dia, ela tem consciência, trabalha e está muito mais tranquila", conta. Isso a motivou a tratar outras pessoas da família, expandindo gradualmente seu atendimento.

Após se especializar, Danielle passou a atender um número crescente de pacientes. No entanto, ela afirma que muitos possuem receios sobre como prosseguir com o tratamento. Para ela, o pontapé inicial é acreditar. "A única coisa que o paciente precisa é concordar com o tratamento e se comprometer. Porque é algo muito terapêutico."

Devido à diversidade dos pacientes, cada caso clínico deve ser tratado de forma personalizada, com responsabilidade e acompanhamento profissional. Mas afinal, o que o paciente deve saber ao ter interesse ou iniciar o tratamento? Essa dúvida levou Danielle a destacar pontos que podem facilitar o entendimento da cannabis e aproximar pessoas de fora desse contexto medicinal.

"O primeiro passo é acompanhar o paciente a cada dose, porque embora você tenha uma previsão da dose, cada organismo funciona de uma forma diferente. Então, a mesma dose para dois pacientes com o mesmo peso e condição pode agir de maneira diferente em cada um. Precisamos monitorar quando começa a haver melhora ou regressão, isso incentiva o paciente a continuar", explica Danielle, reforçando a importância do acompanhamento no tratamento.

Segundo ela, é fundamental que o paciente se familiarize com o tratamento. "Com embasamento científico, você demonstra que é um tratamento seguro e eficaz. O paciente precisa se sentir confortável e ter confiança para iniciar o tratamento. Depois, o médico é responsável por guiar e fornecer as informações necessárias para adquirir e importar a medicação. E caso haja um efeito colateral leve, é possível corrigi-lo facilmente com seu médico", diz.

O paciente deve seguir as orientações definidas pelo médico. "É um tratamento que precisa de acompanhamento até chegarmos à dose terapêutica ideal. Em alguns casos, é importante um tratamento multidisciplinar. Podemos precisar do acompanhamento de psiquiatra, neurologista, cardiologista, fisioterapeuta e psicólogo. Portanto, esse acompanhamento multidisciplinar é essencial", afirma Danielle.

Congresso Brasileiro de Cannabis Medicinal

Nos dias 23, 24 e 25 deste mês, acontecerá o 3° Congresso Brasileiro de Cannabis Medicinal no Expo Center Norte, com mais de 100 palestrantes. Danielle Aymar estará presente pela primeira vez no evento nos dias 24 e 25. Para a profissional, é uma oportunidade de aprimorar seus conhecimentos.

"Estou ansiosa para adquirir novos conhecimentos embasados na ciência, conhecer a medicina endocanabinoide através do olhar e da vivência de outros profissionais e trocar experiências nesse evento", comenta.

É o principal congresso da América Latina de cunho científico e profissional, buscando inovações e avanços na área medicinal no âmbito brasileiro. É destinado a profissionais da área da saúde, pesquisadores, empresários e demais interessados no tema.

Conversei com Danielle Aymar, médica recifense, sobre a importância do acompanhamento profissional e a sua expectativa para o Congresso Brasileiro de Cannabis Medicinal. Devido à diversidade dos pacientes, cada caso clínico deve ser tratado de forma personalizada, com responsabilidade e acompanhamento profissional.

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